Os cientistas estavam interessados em descobrir como é que as galáxias mais antigas evoluiram para as mas recentes. Desejavam, em particular, compreender a importância da matéria escura nas galáxias. A matéria escura constitui cerca de 25% do Universo. Segundo Hector Flores, um dos coordenadores da equipa de investigação, "o termo matéria escura é meramente uma descrição para algo que na verdade não se conhece. A observação do modo como uma galáxia gira permite-nos saber a quantidade de matéria escura que tem que estar presente, pois de contrário estas estruturas dissipar-se-iam." Nas galáxias mais próximas, tal como na nossa Via Láctea os astrónomos descobriram que existe uma relação entre a quantidade de matéria escura e a massa em estrelas vulgares. Sabe-se que por cada quilograma que existem em estrelas existem cerca de 30 kg de matéria escura. Os astrónomos usaram o GIRAFFE para medir as velocidades de várias dezenas de galáxias, o que permitiu descobrir que cerca de 40% das galáxias estão "desequilibradas" , ou seja possuem os seus movimentos internos perturbados, possivelmente por colisões com outras galáxias. Quando o estudo se limitou àquelas que estariam em equilíbrio, pois aparentemente não tinham qualquer perturbação, descobriram que a relação entre a matéria escura e o conteúdo estelar parece não ter evoluído nos últimos 6 mil milhões de anos.

Fontes de gelo em Encelado.Crédito: Cassini Imaging Team, SSI, JPL, ESA, NASA

Carolyn Porco, chefe da equipa de imagens da Cassini no Space Science Institute, em Boulder, no Colorado, adianta que a conclusão de que é possível a existência de água líquida num corpo tão pequeno e frio é uma conclusão algo radical. A ser verdade, isto trará novas perspectivas quanto ao tipo de ambientes possíveis no Sistema Solar, e que tipos de objectos são passíveis de suportar vida. As imagens de alta resolução da Cassini mostram jactos e plumas ejectando enormes quantidades de partículas a alta velocidade. Os cientistas examinaram muitos modelos para explicar o processo. Rejeitaram a ideia de que as partículas são produzidas ou projectadas da superfície do planeta pelo simples facto da água gelada passar ao estado gasoso. Em vez disso, os cientistas encontraram evidências de uma possibilidade muito mais excitante. Os jactos poderão ser produzidos por erupções de bolsas líquidas próximas da superfície em que água estará acima dos 0º C, numa espécie de versões frias de geisers, como os de Yellowstone, por exemplo. Outras luas poderão ter água líquida debaixo de uma crusta sólida (e.g. Europa). Como refere Andrew Ingersoll, cientista atmosférico do California Institute of Technology, em Pasadena, na Califórnia, a grande diferença é que neste caso podem existir bolsas de água líquida a não mais de 10 metros da superfície. Existem ainda muitas questões por resolver. Porque é Encelado tão activa? Poderá esta actividade ser tão contínua que permita aos cientistas conhecer o seu interior. Na primavera de 2008 haverá uma nova oprtunidade de observar melhor Encelado quando a Cassini passar a cerca de 350 km de Encelado. Para já fica desperta a nossa atenção. Os resultados foram publicados na revista Science desta semana.

Imagem de Encelado feita pela sonda Cassini. Crédito: Cassini Imaging Team, SSI, JPL, ESA, NASA LINKS:NASA (Press Release) Revista Science Notícias relacionadas:http://www.ualg.pt/ccviva/astronomia/newsletter/n_186/n_186.htm Encelado:http://www.ualg.pt/ccviva/astronomia/astronline/encelado.htm

http://www.nineplanets.org/enceladus.htmlhttp://www.solarviews.com/eng/enceladu.htm

http://solarsystem.nasa.gov/planets/profile.cfm?Object=Enceladus